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terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Otite, Dores de Garganta e Refluxo

Otite


Dor de ouvido não é brincadeira. Faz o nenê acordar aos prantos de madrugada, tira o apetite do baixinho, o deixa extremamente irritado e espanta o sono dos pais também. Especialistas acreditam que cerca de 80% das crianças com menos de 1 ano têm pelo menos um episódio de otite nessa fase. "É que esse órgão ainda não possui a capacidade máxima de proteger o bebê contra a presença de vírus e bactérias que atingem facilmente os canais auditivos e podem contaminá-los, causando inflamação", explica Paulo Bertolucci Lopes, pediatra e otorrinolaringologista de São Paulo. Além da dor, a doença causa uma forte febre. Os pais não devem tentar resolver o problema por conta própria. É importante procurar o médico da criança para que ele avalie a situação. No entanto, é fundamental estar preparada para ajudar a abrandar o sofrimento de forma correta.

Causas da dor

A região atingida é o chamado ouvido médio - um canal de mais ou menos 2 centímetros de extensão que liga a orelha aos outros órgãos da audição, como tímpano, cóclea, bigorna, martelo e estribo. A função dessa estrutura é estabilizar a pressão do ar dentro do aparelho auditivo. Nos pimpolhos, o tubo é mais curto e facilita a invasão de vírus e bactérias. Além disso, quando o nenê está resfriado, as secreções do nariz bloqueiam o canal e deixam o ambiente propício para que os microrganismos se instalem. Outro agravante é colocar o pequeno para mamar deitado. O leite que ele engole pode voltar pela garganta, acumular-se no ouvido e causar a infecção.

Como identificar

Perceber a otite nos recém-nascidos é uma tarefa que exige atenção dos pais. Há duas boas pistas para confirmar o problema. A primeira é reparar no choro da criança - constante, agudo e não cede nem quando a mãe pega no colo ou oferece o peito. Outra forma é apalpar as proximidades das orelhinhas. "Se o choro aumentar sensivelmente, é provável que haja inflamação", ensina Bertolucci.

Otites de repetição

O termo é usado pelos especialistas quando o pequeno tem três otites ao longo de seis meses, por exemplo, ou até mais. Nesses casos há outros fatores envolvidos com o problema:

• Alergias respiratórias: elas favorecem inchaços e bloqueios na tuba auditiva e também o acúmulo de secreções no órgão.

• Infecções respiratórias freqentes: os agentes que causam gripes e sinusites contaminam o ouvido por tabela - pela proximidade de ouvido, nariz e garganta. Essas doenças provocam grande acúmulo de secreções que pioram o quadro.

• Adenóides: no fundo do canal nasal, perto das amígdalas, existem duas protuberâncias semelhantes a glândulas. Se crescerem demais, podem causar infecções no ouvido e no nariz.

• Quedas imunológicas: uma das explicações para o fato de crianças pequenas terem mais otites que os adultos é a imaturidade das células de defesa do corpo do baixinho.

Tratamentos

Se o ouvido estiver apenas inflamado, os pediatras receitam analgésicos para tirar a dor, antitérmicos para baixar a febre e até antiinflamatórios. Se houver infecção, é necessário dar antibióticos. Em poucos dias o quadro regride. Mas é importante seguir a recomendação do médico até o final do tratamento (que dura em torno de dez dias) para que a bactéria que causou o problema não fique apenas "adormecida" e volte dias depois a atacar com força total. "Pesquisas recentes também mostraram que para as crianças alérgicas que têm otites de repetição é muito útil prescrever anti-histamínicos para aliviar o inchaço no canal auditivo", explica Bertolucci.

O que fazer

Alguns cuidados ajudam a diminuir o desconforto do baixinho e a acalmá-lo. Um deles é fazer uma compressa na região do ouvido com uma fralda aquecida por ferro de passar roupa. O calor faz o corpo liberar substâncias internas que funcionam como espécie de analgésico natural - mas tome cuidado com a temperatura do tecido para não ferir a delicada pele do bebê. Durante as gripes e resfriados, pingue soro fisiológico no nariz para diluir as secreções e não deixar que o catarro se desloque para os ouvidos e contamine a região toda.

O que não fazer

Jamais adote as receitas populares e caseiras, como pingar óleo quente no ouvido para diminuir a dor. Além de não tratar a otite, essa prática piora o problema e pode causar uma infecção grave nas estruturas do ouvido pelo contato com a substância inadequada. Outra coisa: nem pense em medicar o nenê por conta própria com antiinflamatórios e antibióticos! O medicamento que curou o filho da vizinha também não é o mais indicado para o seu bebê. Apenas o médico pode diagnosticar o tipo de otite, o microorganismo causador e o melhor remédio contra a doença.

Prevenção é tudo
Conheça as cinco regras básicas que ajudam a evitar as otites de repetição e que você pode adotar no dia-a-dia

1 Nunca ofereça o peito ou a mamadeira enquanto a criança está deitada, pois a possibilidade de o leite ir para o ouvido é grande. Se isso ocorre, o líquido fica parado no local e se torna um meio de cultura para bactérias.

2 Durante o banho, não deixe que entre água no ouvido do bebê. Quando for enxaguar os cabelinhos, tampe as orelhas do pequeno com a sua mão.

3 A proteção do ouvido é a cera, que evita a entrada de água e barra infecções. Jamais introduza as hastes de algodão para limpar o canal auditivo. Apenas use-as para enxugar a parte externa da orelha.

4 Estudos comprovam que filhos de pais fumantes têm muito mais otites. Portanto, nada de cigarro perto das crianças.

5 Evite expor o bebê a mudanças bruscas de temperatura, pois elas favorecem os processos virais e bacterianos.
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Dor de Garganta

"Crise de garganta" na linguagem popular pode significar várias doenças. Pode ser uma amigdalite, faringite, laringite, estomatite, etc. Só o médico pode diagnosticar. E o médico ainda precisa fazer diferencial se é um caso viral ou bacteriano. Nos quadros virais é contra-indicado usar antibiótico. O antibiótico tem a ação de "matar" a bactéria. Ele não alivia a dor, nem a tosse, nem a febre. Ele "mata" a bactéria e quando ela é a causa de tudo os sintomas desaparecem. Quando ela não é a causa, como por exemplo nas doenças virais, o antibiótico pode causar outros problemas.

Sempre que seu filho adoecer é preciso controlar a febre, aliviar a tosse com remédio natural e agendar o pediatra no consultório. É melhor que o médico examine por volta do terceiro dia, pois no primeiro dia de doença os sintomas todos ainda não se estabeleceram e o exame físico e laboratorial ainda podem estar normais. Se as crises do seu filho não vêm associada a febre, pode se tratar de uma doença alérgica, e então o tratamento é totalmente diferente.

Uma inflamação na garganta também pode prejudicar o ouvido. Procure um pediatra para saber o medicamento adequado.

Posso tratar sem antibióticos?

Se puder dispense os antibióticos, pois são muito fortes e causam um tom escuro nos dentes da criança, (dependendo da situação).
Tratamentos sem o auxílio de antibióticos, podem ser mais longos, porém, associados a uma alimentação rica, têm efeito mais duradouro.

Sintomas e sinais de inflamação na garganta

Se a garganta estiver inflamada, a criança perde um pouco a fome ou totalmente.
Se for maior de doze meses e não mamar no peito da mãe, insista que a criança tome pelo menos um pouco de leite morno com mel, chá de hortelã com mel e própolis, maçã, e ou, suco de limão bem fraquinho após o almoço.
Essa dica não cura a inflamação, pois a sua ação é pequena em comparação a medicamentos, que concentra o poder de cicatrização e combate a vírus e bactérias, mas hidrata a criança e auxilia no desconforto.
O limão e a maçã, além de serem cicatrizantes naturais, são frutas que contém vitamina C, assim como o mel e o própolis são tidos como antibióticos naturais.
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Refluxo

Sabe aquela queimação que sentimos às vezes na garganta ou azia? Esse incômodo pode ser chamado de Refluxo Gastroesofágico, que nada mais é que a volta do alimento, sólido ou líquido, do estômago para o esôfago. Acontece que isso não é apenas um problema de adultos. Os bebês e as crianças também sofrem com vômitos e regurgitações principalmente após as mamadas e refeições.

Antes de aprofundarmos no assunto, vamos entender o processo. O esôfago é um tubo muscular que conduz os alimentos da boca ao estômago. Na sua parte inferior existe um esfíncter que se abre para a passagem do alimento e se fecha para que o alimento não volte. Quando o esfíncter é fraco ou imaturo, ele não segura o alimento no estômago, que acaba voltando para o esôfago na forma de regurgitação ou vômito. Agora já estamos mais por dentro do assunto.

Todas as pessoas já devem ter apresentado em algum momento da vida a volta do alimento do estômago em direção à boca sem que isso acarretasse em algum problema. Quando a freqüência, quantidade e duração são exageradas, o refluxo é considerado uma doença. A grande maioria dos bebês apresenta refluxo gastroesofágico por causa da imaturidade do esfíncter esofagiano. É chamado de refluxo fisiológico, isto é, que faz parte do desenvolvimento infantil.

Como vencer o refluxo? - O refluxo tem cura e pede alguns cuidados que devemos ter no cotidiano das crianças. A manutenção do leite materno é essencial, assim como deixar a criança no colo “em pé” para arrotar depois de alimentada por pelo menos meia hora antes de deitá-la.

Fracionar a alimentação para que o estômago não distenda e o refluxo seja evitado é outro cuidado. A quantidade de alimento deve ser menor por vez e dada em mais vezes ao dia.

Outra dica: a cabeceira do berço ou da cama da criança deve ficar elevada para que a ação da gravidade ajude o esvaziamento gástrico.

Os casos mais sérios são tratados com medicação que auxiliam também no esvaziamento gástrico e neutralizam a acidez da substância do estômago. A indicação de cirurgia hoje é pequena devido ao bom desempenho dos medicamentos e dos cuidados na vida diária.

Vídeo sobre Refluxo:


1 comentários:

Soraia Garcia disse...

Oi Gabi!
Obrigada pelas dicas.
Estou morando aqui em SJC também, você saberia um bom pediatra para atender em consultório, pois levei meu filho no prontil, o atendimento foi muito bom. Porém gostaria de continuar acompanhando para evitar maiores problemas!

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