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domingo, 14 de março de 2010

Pós-Parto/Corpo e Saúde


Após o parto normal, a mulher já pode andar e comer, mas a mamãe não deve se levantar sozinha, pois perdeu muito sangue durante o parto e isso pode fazer com que a pressão arterial caia e cause até desmaios.


Já no parto cesária, a mulher deve permanecer em repouso na cama já que realizou um procedimento cirúrgico. Mas não por muito tempo, pois permanecer deitada no leito por muito tempo aumenta o risco de trombose no período pós-parto. É recomendado que a mamãe levante somente com auxilio da enfermagem após 12 horas do parto. A alimentação após a cesariana é iniciada gradualmente após 6 horas.


A alta hospitalar acontece a partir de 48 horas do parto normal e 72 horas após a cesariana se tudo ocorrer bem, e se obstetra, neonatologista e pais estiverem de acordo. Exercícios pré e pós-natal orientados são fundamentais para o mais rápido estabelecimento da mulher.


Um corrimento vaginal (lóquios) parecido com a menstruação ocorrerá por cerca de 20 a 30 dias. Nos primeiros dias será vermelho e intenso tendendo a diminuir e ficar acastanhado até transparente. Se dentro de 30 dias esse corrimento não diminuir ou aumentar, tiver mau cheiro, coágulos ou secreção purulenta com febre, é melhor avisar o médico, pois pode ser sinal de alguma infecção.


Nas nutrizes (mamães que amamentam) ou nas mulheres submetidas à operação cesariana com limpeza abundante da cavidade uterina, os lóquios costumam ser de menor intensidade.


Mudanças no útero - O útero é primeira mudança sentida pela mulher. Após o parto, ele deve estar duro e firme e geralmente uma enfermeira irá examiná-lo várias vezes durante algumas horas. O útero se contrai naturalmente para prevenir hemorragia e para retornar ao tamanho que era antes da gravidez. As contrações podem acentuar-se durante a amamentação, provocadas pela estimulação da sucção dos mamilos. Até o final do primeiro mês, diminuindo cerca de um centímetro por dia, o útero retorna ao seu tamanho original.


Os seios estão se preparando para alimentar o bebê por isso tornam-se doloridos. A amamentação fará com que alivie a dor. Se sentir dores fortes, endurecimento das mamas e febre, procure seu médico. Não esqueça de pedir o máximo de informações sobre amamentação com os profissionais que te atenderão no pós-parto. O leite materno é o melhor alimento para seu filho e a amamentação faz com que seu corpo volta o mais rápido ao que era antes da gravidez.


O intestino costuma ficar mais lento e acumular gases, podendo aparecer hemorróidas e um certo inchaço na barriga. Nas primeiras vezes, poderá sentir um pouco de dor e também de medo que os pontos rompam, com o esforço. O relaxamento da musculatura abdominal e perineal, a episiotomia e hemorróidas deixam a mulher com intestino preso.


Nas pacientes submetidas à operação cesariana, a obstipação (intestino preso) pode chegar até 72 horas. Recomenda-se ingerir alimentos ricos em fibra, frutas como mamão, ameixa e laranja, além de beber bastante água, pelo menos dois litros por dia.


A região perineal, principalmente se a episiotomia tenha sido feita, e a região do corte cirúrgico na cesárea podem doer. Caso isso ocorra, a mamãe terá a receita médica de analgésicos.

Essas regiões devem estar sempre limpas. Existem exercícios para melhor cicatrização. Seu médico pode te orientar.


Incontinência urinária - Pode ocorrer incontinência urinária devido a lesões traumáticas nos primeiros dias após o parto.O controle será readquirido com a ingestão de muito líquido e exercícios. Se tiver dores, dificuldade ao urinar ou necessidade de urinar com freqüência, deve procurar assistência médica.

As manchas na pele que ocorreram durante a gravidez tendem a diminuir. Por vezes não somem por completo. As estrias tendem a diminuir devido à perda de peso e a se tornarem menores e brancas. Algumas mulheres têm tendência a apresentar pele seca, queda acentuada de cabelo durante 3 a 6 meses após o parto e unhas quebradiças.

Logo após o parto a mulher perde de 5 a 6 quilos e com a normalização do metabolismo poderá perder até 3 quilos nos dez primeiros dias. Enquanto o metabolismo não se normaliza, a mulher pode sentir-se muito cansada pelo parto e por ter um novo “trabalho”, o bebê. Precisa de ajuda até pegar o ritmo.


Recomeço com o papai - Depois de exames e liberação do obstetra, a vida sexual pode ser retomada. Isso deve acontecer de 30 a 40 dias após o parto. Com as alterações hormonais a vagina está mais ressecada e a libido pode estar em baixa. Aos poucos, a mamãe e o papai encontrarão a melhor maneira de recomeçar.

A sensibilidade da mamãe nessa época fica aflorada. É a época em que todos os sentimentos se misturam. Seja ele sentimentos de alegria pela chegada do novo serzinho, de medo, insegurança e ansiedade por não saber se vai cuidar dele direito, se vai conseguir ser mãe e mulher e necessidade de muito carinho ou de atenção por parte do marido. Mamãe, saiba que sentir-se assim é normal.

Mas se a sensação de incapacidade, tristeza e crise de choro não deixar a mamãe cuidar do seu bebê e continuar sua vida como sempre, isso pode ser depressão pós-parto. Nesse caso, existe a necessidade de cuidados profissionais.

Alimentação Pós-Parto

Após o nascimento do bebê, a mulher deve continuar privilegiando a boa alimentação, principalmente se estiver amamentando. Os nutrientes de alguns alimentos, entre eles os peixes como o salmão e a sardinha, os grãos integrais, as frutas, as verduras e os legumes, são essenciais para a produção equilibrada do leite materno. Além disso, eles ajudam a evitar distúrbios como a anemia e a depressão na mãe, e contribuem para o desenvolvimento dos sistemas neurológico e imunológico do recém-nascido.

Pesquisas recentes têm enfatizado a importância do ômega 3, uma gordura benéfica encontrada no salmão, no atum e na sardinha e em grãos como a linhaça, para o desenvolvimento cerebral dos bebês. O ômega 3 é indispensável na produção de neurônios.

Os grãos integrais como o arroz e a aveia também devem estar presentes nas principais refeições do dia. Ricos em vitaminas do complexo B, ajudam a equilibrar os hormônios femininos. A deficiência deste grupo de vitaminas também está associada a um risco maior de depressão nos três primeiros meses após o parto.

Nesta fase, a mulher também deve ficar atenta para não ter carências de vitaminas e minerais. Isso porque os nutrientes ingeridos suprem primeiro as necessidades do leite materno, e só depois as da mãe.

Enquanto estiver amamentando, a mulher deve evitar alimentos que possam provocar cólicas e gases nos bebês. A nutricionista Patrícia Davidson, especialista em nutrição funcional nos Estados Unidos, sugere que as mulheres evitem as bebidas alcoólicas, a cafeína e o chocolate. O leite e seus derivados, segundo a nutricionista, também devem ser riscados do cardápio nos primeiros três meses após o parto. O leite contém uma proteína de difícil digestão tanto para os adultos como para os bebês pequenos. Como esta proteína vai parar no leite materno, ela chega no intestino do bebê, que sofre para digeri-la.

Já a alfafa, os brotos e as folhas verdes escuras como couve, espinafre e agrião - ricos em cálcio e ferro - contribuem para o equilíbrio da produção de leite.

- A nova mamãe também deve lembrar de reservar um tempo para o repouso, já que a fadiga, o estresse e a ansiedade podem afetar a produção de leite. E, claro, ela não deve esquecer de beber muita água: no mínimo, oito copos por dia - lembra a nutricionista.

Dietas que restringem calorias só devem ser feitas com supervisão do médico

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